21 junho, 2007

Web 2.0 - Introdução

O conceito Web 2.0, é extremamente difícil de definir e pode ser aplicado a produtos e serviços de diferente natureza.
Em 2000 foi anunciado publicamente a crise vivida pelas empresas denominadas “.com”, esta crise foi provocada pelo grande investimento na transferência do modelo de negócios para a internet mas que nunca chegou a ter retorno. Esta quebra deu-se a nível global provocando um grande impacto na economia e na confiança dos consumidores.
O termo Web 2.0 surgiu pela primeira vez, numa conferência entre O’Reilly e Dale Dougherty e referia-se a uma série de características comuns entre os produtos ou serviços das empresas que sobreviveram a essa crise. Essas características prendiam-se com outra abordagem na relação, que o objecto de negócio tinha com o utilizador. Esse valor acrescentado que se traduzia numa série de características foi denominado Web 2.0.
Fim de lead

A principal diferença entre a “Web 1.0” e a “Web 2.0”, é que a primeira interagia com o utilizador através de interfaces proprietários, o acesso era feito através de programas (browsers) pagos e os conteúdos eram desenvolvidos e publicados por um grupo de técnicos especializados. Consequentemente, as interacções eram reduzidas e a comunicação era maioritariamente unilateral.

Face à alteração de postura dos utilizadores relativamente às ferramentas informáticas disponíveis, a Internet passou a poder ser utilizada como uma plataforma de trabalho, permitindo o desenvolvimento de inter-relações. Estes desenvolvimentos rapidamente tiveram um efeito multiplicador e surgiram inúmeras ferramentas e serviços, que permitem a partilha de conteúdos e o trabalho colaborativo de forma participada e livre de controlo.

Os browsers Netscape e Firefox podem ser dados como exemplos entre estes dois estágios evolutivos. O Netscape é um programa proprietário, a sua aquisição permitia o acesso à Internet, embora controlado pela empresa proprietária. O Firefox é um browser open source, está disponível nos principais sistemas operativos e o seu código é aberto, permitindo que diariamente sejam lançados novos módulos que aumentam as suas funcionalidades e que permitem ajustar o interface ao gosto do utilizador. A sua evolução é o resultado do feedback de milhões de utilizadores e dos programadores independentes.
A grande diferença entre estes dois programas, reside na diferença de atitude, na permissão de acesso ao código e na contínua evolução e adaptação às necessidades do utilizador.

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