28 outubro, 2006


Blogs
Os Weblogs ou blogs como são mais conhecidos, são na sua génese sites da internet de cariz pessoal, de grupo, familiares, de comunidades ou corporativos. Blogs de guerra, de biblioteca, educativos são alguns dos últimos tipos de blogs emergentes.

O conceito de blog é semelhante ao de uma publicação online. Deve tratar um tema ou conjunto de temas relacionados, que seja perceptível através do nome escolhido, para que possa ser facilmente identificável com o conteúdo.

Cada artigo surge sob a forma de entrada ou post e estas são organizadas de forma cronológica.

Para cada post podemos definir, se os leitores podem ou não comentar o artigo, que escrevemos. Esta forma de interacção desfasada no tempo, tem como vantagem a troca de ideias sobre o assunto em questão, bem como, a prazo fidelizar um grupo que partilha dos mesmos interesses e opiniões. Esta possibilidade de comentar os artigos, (podendo ser feita de forma anónima) cria a eventualidade de surgirem algumas manifestação menos próprias, bem como, ser alvo de ataques de SPAM (fenómeno de mensagens em massa).

Os blogs de grupo permitem a publicação de artigos por vários colaboradores, esta é uma situação exemplar, em que a soma dos capitais intelectuais individuais dão origem a comunidades virtuais, onde por vezes os autores nem se conhecem fisicamente.

Os blogs corporativos ao terem a participação dos trabalhadores permitem que as empresas e entidades se tornem organizações aprendentes.

A possibilidade de poder editar um post, permite que haja a possibilidade de um aperfeiçoamento e actualização constante dos conteúdos.

O cruzamento de opiniões entre os diferentes autores no mesmo blog ou em blogs diferentes, com hiperligações entre eles, é um dos fenómenos de organização em comunidades de uma forma natural e sem controlo de qualquer entidade. Destas colaborações continuamente acrescentadas, espontâneas e gratuitas surge o que pode ser denominado de inteligência colectiva.

Apesar de todos termos já ouvido falar de blogs, a maior parte de nós nunca se debruçou sobre as potencialidades dos mesmos no contexto formativo.

A motivação na realização de um trabalho, será necessariamente maior se for colocado na blogosfera em vez de afixado numa parede, tendo como destino a reciclagem no final do ciclo formativo.

O desenvolvimento de um tema, com a sua posterior apresentação e disponibilização online, será mais gratificante do que a entrega pura e simples sob a forma de papel, não só pela visibilidade global a que irá estar sujeito, a responsabilidade de assumir os conteúdos publicados, como também ao sentimento de pertença a comunidades que se vão criando por afinidades.

O formador pode também criar blogs que sustentem tecnicamente as suas acções não só para orientação em trabalhos e desafios de pesquisa, mas também de forma a que possam ser acedidos em qualquer altura e a qualquer momento.

A possibilidade de alojamento de imagens, sons e vídeo de uma forma fácil e quase imediata, vem permitir uma eficiência de transmissão de ideias sem precedentes, visto não só ser um meio gratuito como também, totalmente livre.
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Artigo publicado na revista Formar n.º 56

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